Dia mil, ano zero, e todos os meses se passaram
O sol fura o horizonte com púrpura e dourado
Na bacia abre-se uma flor
Enquanto asas me erguem
Acima e acima,
Enterradas até a canela -
Chovem bigornas e âncoras, recebo muitos tiros
Do meu peito brota um rio
Festa de trapos, retalhos, migalhas
E pó, o pó que tudo habita
Espirro como um vulcão
Centauro, meu corpo cavalo pisoteia
Os restos do banquete, as ruínas de abril, bolas de gude
Quebrando minhas unhas com estalo
O alinhamento de marte, mercúrio, vênus e
o globo que trago sob o pescoço
A espada de fogo em meus cabelos
Sim,
Desfrute
desfrute,
desfrute.
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