sábado, 17 de julho de 2021


I've no idea what I am talking about
I'm trapped in this body and can't get out
a alma é anarquista, pois abole o corpo: falar é lançar o corpo no abismo: o abismo dentro do abismo (olhar em seus olhos) emitir a alma pela boca e corpo som
já tínhamos o vento! meus pulmões o criaram
sou eu a unidade do universo inteiramente eu mundo sem final
afinal sou matéria
afinal não sou matéria
rebenta alma em sempre existir sempre
indassim

explode anarquia na abolição do corpo em seu som

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como raízes de grama, os cabelos invadiram a pele (sou eu o pólen entre poros e pelos, plantação de mim: e meus magmas das vísceras (sou um planeta) meus órgãos imensas naves de um milhão de seres vegetais e a terra, a terra erigida em monumentos de impossível vitalidade, a terra moldada na água de desenhos vegetais) e o abismo da luz em meus nervos, quando a terra brota olhos

e um nariz

o espaço sideral é um gramado
as estrelas são bocas magníficas de emersão da luz em desenhos
o sol é meu umbigo, meu nó inverso de existir, a outra ponta do meu nervo
eu sou o mundo

"e todos os lobos viraram um: leviatã, o imenso peixe"
que engoliu uma ilha: éramos robinson erguendo casas qual porquinhos (e casas de doce ou doces para vovó), nascidos nos mitos, para sempre atravessados pela irrupção noturna do sonho 

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