Basear a filosofia por sobre os temas mais simples da percepção: colocar-se nos olhos do lago e brincar com seus vizinhos, borrar as palavras com o universo de outro corpo.
Jamais o exagero de imagens vazias dos românticos: por mais que bonitas, não revelam lógica intrínseca, são isoladas umas das outras. A realidade-nuvem é regida por extensas leis de comportamento.
- E se as nuvens não são um banquinho, pra gente lamber o céu?
- Não seria o capim longos cabelos da terra, onde o vento escreve? Quando dizem das plantas não terem movimento próprio é por desconsiderar a brisa como parte de seu corpo.
Como escrever o mundo concretizando metáforas românticas, que o mar seja mesmo vinho e embriague? Se teus olhos forem estrelas, a noite está repleta de mulheres no escuro.
- andré aranha, 2007
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