quinta-feira, 9 de junho de 2016

depois da alfabetização, alguns escritos de freire falavam de um segundo estágio do círculo de cultura
onde se debateria o conteúdo midiático que nos chega, e se desenvolveria uma capacidade crítica de recortar sua superficialidade, desmontar sua embalagem e acessar seus fios condutores
contra uma educação pela repetição de slogans. por um método crítico

ando assustado de certos núcleos "de oposição"que ora vêm surgindo esquecerem tanto essa lição
e se deixarem ecoando vaias alheias acreditando na potência de ressoar o vácuo
é o imenso nada que eu ouço atrás de sua fala vazia

querem negar a negatividade do outro, num espelho de nãos
em vez de afirmar um projeto. em vez de se olhar, se conhecer finalmente.
não, que esforço indigno: olhar os colegas nos olhos, admitir que estamos fracos como nunca, que nos pegaram desprevenidos e que não temos já pronto o mundo alternativo. e daí meter mãos à obra.
não, jamais admitir que não sabemos, vamos entrar no embate frontal dos slogans porque não há tempo para o estudo crítico, para a pedagogia, para o círculo de cultura...

pf... isso é "jornalismo" andré, o mais baixo grau da filosofia, da literatura, da beleza, de tudo sua criança...

e aí eu tenho que desenvolver um vocabulário pomposo para isso que faremos?
veículos de comunicação de massa?

me sinto tao tragado no espelho
diabolo pro detras do simbolo
rasgo no véu da realidade
por onde se esvaem minhas energias

naõ quero acusar ninguem. ate os que me cercam, nao sao essa caricatura. mas esse fantasma espreita, esta tao viva, essa cegueira. e como me suga

eu me sinto "sugado"

-
alatrroz andre

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