Abre-te Sésamo
é a senha
pra postar no Albatroz
AL
parece que vem ALFABETO
mas não
nada de alfa
(F feio)
nadadicas ducas:
ALBBBBATROZ
de assim:
a
Bǝ
Cǝ
DáRIO
ATROZ
ahahahahhahahahah
de A a Z
igual arroz, AAAuxxkjfsffdjROZ
tentativa de traçar o OM com Z
em letras com duas pontas
o esticamento de linhas no mundo:
entre a Terra e o Céua
C
sobre
T
corre (como rios de chuva)
a razão-rua e o reto, medido
mas nada disso
não é alfabeto
antes desee F de fim
tem o B de bebê
(olhe as marés por outro lado)
é albatroz
abecedáriommmm
mmmmmmm
mmmatro
Z
mãos-mães da matéria
Abre-te Sésamo significa:
procure um burrinho, escondido atrás da porta, que te abre mesmo que você tenha perdido as chaves
procure algum burrinho ou burrinha que conheces atrás dessa porta e diga:
Abre-te Sésamo
(brincadeira ninguém é burrinho de ninguém ou
liberdade à burrinhação entre nós
eita povo com imaginário mais difícer
-
aLTRAVIsseiro
andré saranho
sexta-feira, 24 de junho de 2016
domingo, 19 de junho de 2016
O A nas ruas
Anarquia: que palavra!
O “A” na frente, como em “Analfabeto” ou “Anônimo”, promete uma abolição do que lhe segue.
Mas se tanto a "não-alfabetização" do Analfabeto, como a dissipação da autoria, no Anonimato, nos parecem autoevidentes, e compreendemos a ausência que o “A” aí promete; é com dificuldade que identificamos com precisão o estado Anárquico da existência.
Logo saímos da rua, onde víamos o “A” pixado pelos muros, e as milícias de preto em combate com policiais; para abrirmos arquivos poeirentos, e perguntar a etimólogos e arqueólogos de quê língua mais arcaica nos vem essa palavra tão empolada e esquisita.
E não seria com grande ironia, que encontraríamos a resposta: é a raiz mesma de ARCAIco que é negada na anARQUIa. E o ARQUIvo, o ARQUEólogo! É anarquia a insurgência contra os arcanos do passado.
Confusa resposta, que a palavra nos devolve. Ela prossegue: e não seria o encontro do Alfabetizador com o anAlfabeto, como o encontro do Arquiteto, com a anArquia?
O arquitecto planeja e rege; ele principia o cortejo do trabalho. Arqui-técnico principal, príncipe de pedreiros e carpinteiros: sobre todos os técnicos ele impera. O arquiteto, como o arquiduque, o arcebispo ou o arcanjo, é o Primeiro, o que vai à frente, a vanguarda que funda o arcabouço arcaico que nos rege.
Frente a ele, a anarquia aparece como o estado anônimo, sem identificação de hierarquia; como o estado analfabeto, sem submissão ao arcano conhecimento dum autor externo; a anarquia não tem monarca a reger, não obedece a arquétipos do que deva ser.
A palavra anarquia nega mesmo toda vanguarda, que lhe ditaria regras, princípios qual príncipes a lhe reger seu curso de ação; mesmo a própria palavra “anarquia”, arcaica que é, não lhe pode preceder: vitória do analfabeto.
Que fique então claro, essa palavra trata do que está entre uma vanguarda e outra, como o anonimato preenche o espaço onde a autoria não se dá. A anarquia questionará então toda vanguarda, todo planejamento externo, anterior; toda alfabetização como submissão ao conhecimento, e não como recriação do alfabeto; toda autoria centralizada.
-
Albatroz André ArAnhA
O “A” na frente, como em “Analfabeto” ou “Anônimo”, promete uma abolição do que lhe segue.
Mas se tanto a "não-alfabetização" do Analfabeto, como a dissipação da autoria, no Anonimato, nos parecem autoevidentes, e compreendemos a ausência que o “A” aí promete; é com dificuldade que identificamos com precisão o estado Anárquico da existência.
Logo saímos da rua, onde víamos o “A” pixado pelos muros, e as milícias de preto em combate com policiais; para abrirmos arquivos poeirentos, e perguntar a etimólogos e arqueólogos de quê língua mais arcaica nos vem essa palavra tão empolada e esquisita.
E não seria com grande ironia, que encontraríamos a resposta: é a raiz mesma de ARCAIco que é negada na anARQUIa. E o ARQUIvo, o ARQUEólogo! É anarquia a insurgência contra os arcanos do passado.
Confusa resposta, que a palavra nos devolve. Ela prossegue: e não seria o encontro do Alfabetizador com o anAlfabeto, como o encontro do Arquiteto, com a anArquia?
O arquitecto planeja e rege; ele principia o cortejo do trabalho. Arqui-técnico principal, príncipe de pedreiros e carpinteiros: sobre todos os técnicos ele impera. O arquiteto, como o arquiduque, o arcebispo ou o arcanjo, é o Primeiro, o que vai à frente, a vanguarda que funda o arcabouço arcaico que nos rege.
Frente a ele, a anarquia aparece como o estado anônimo, sem identificação de hierarquia; como o estado analfabeto, sem submissão ao arcano conhecimento dum autor externo; a anarquia não tem monarca a reger, não obedece a arquétipos do que deva ser.
A palavra anarquia nega mesmo toda vanguarda, que lhe ditaria regras, princípios qual príncipes a lhe reger seu curso de ação; mesmo a própria palavra “anarquia”, arcaica que é, não lhe pode preceder: vitória do analfabeto.
Que fique então claro, essa palavra trata do que está entre uma vanguarda e outra, como o anonimato preenche o espaço onde a autoria não se dá. A anarquia questionará então toda vanguarda, todo planejamento externo, anterior; toda alfabetização como submissão ao conhecimento, e não como recriação do alfabeto; toda autoria centralizada.
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Albatroz André ArAnhA
quinta-feira, 9 de junho de 2016
depois da alfabetização, alguns escritos de freire falavam de um segundo estágio do círculo de cultura
onde se debateria o conteúdo midiático que nos chega, e se desenvolveria uma capacidade crítica de recortar sua superficialidade, desmontar sua embalagem e acessar seus fios condutores
contra uma educação pela repetição de slogans. por um método crítico
ando assustado de certos núcleos "de oposição"que ora vêm surgindo esquecerem tanto essa lição
e se deixarem ecoando vaias alheias acreditando na potência de ressoar o vácuo
é o imenso nada que eu ouço atrás de sua fala vazia
querem negar a negatividade do outro, num espelho de nãos
em vez de afirmar um projeto. em vez de se olhar, se conhecer finalmente.
não, que esforço indigno: olhar os colegas nos olhos, admitir que estamos fracos como nunca, que nos pegaram desprevenidos e que não temos já pronto o mundo alternativo. e daí meter mãos à obra.
não, jamais admitir que não sabemos, vamos entrar no embate frontal dos slogans porque não há tempo para o estudo crítico, para a pedagogia, para o círculo de cultura...
pf... isso é "jornalismo" andré, o mais baixo grau da filosofia, da literatura, da beleza, de tudo sua criança...
e aí eu tenho que desenvolver um vocabulário pomposo para isso que faremos?
veículos de comunicação de massa?
me sinto tao tragado no espelho
diabolo pro detras do simbolo
rasgo no véu da realidade
por onde se esvaem minhas energias
naõ quero acusar ninguem. ate os que me cercam, nao sao essa caricatura. mas esse fantasma espreita, esta tao viva, essa cegueira. e como me suga
eu me sinto "sugado"
-
alatrroz andre
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1671118872945894&id=1323425004381951
onde se debateria o conteúdo midiático que nos chega, e se desenvolveria uma capacidade crítica de recortar sua superficialidade, desmontar sua embalagem e acessar seus fios condutores
contra uma educação pela repetição de slogans. por um método crítico
ando assustado de certos núcleos "de oposição"que ora vêm surgindo esquecerem tanto essa lição
e se deixarem ecoando vaias alheias acreditando na potência de ressoar o vácuo
é o imenso nada que eu ouço atrás de sua fala vazia
querem negar a negatividade do outro, num espelho de nãos
em vez de afirmar um projeto. em vez de se olhar, se conhecer finalmente.
não, que esforço indigno: olhar os colegas nos olhos, admitir que estamos fracos como nunca, que nos pegaram desprevenidos e que não temos já pronto o mundo alternativo. e daí meter mãos à obra.
não, jamais admitir que não sabemos, vamos entrar no embate frontal dos slogans porque não há tempo para o estudo crítico, para a pedagogia, para o círculo de cultura...
pf... isso é "jornalismo" andré, o mais baixo grau da filosofia, da literatura, da beleza, de tudo sua criança...
e aí eu tenho que desenvolver um vocabulário pomposo para isso que faremos?
veículos de comunicação de massa?
me sinto tao tragado no espelho
diabolo pro detras do simbolo
rasgo no véu da realidade
por onde se esvaem minhas energias
naõ quero acusar ninguem. ate os que me cercam, nao sao essa caricatura. mas esse fantasma espreita, esta tao viva, essa cegueira. e como me suga
eu me sinto "sugado"
-
alatrroz andre
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