Os meteorologistas existem para os economistas não pegarem tão mal, com suas previsões furadas. Ainda assim, vivo vendo a previsão, e torcendo para estar certa ou errada, como me convém. O tempo vem piorando, mais extremo, afetando a economia e por ela afetado. Meteoro-logia, os meteoros objetos no céu aquém das fixas estrelas e 7 astros moventes, os meteoros cadentes, nuvens, raios, ventos, arco-íris. O que está no alto, o grande que nos escapa, que nos envolve e nos supera, necessariamente - não infinitamente longe, mas que nos toca, diretamente. A tal busca de subir e enxergar o mais completo, inalcançável, se opõe a busca por reger apenas o imediato, o óbvio que me cerca. Individualista, tento encontrar um grau zero de simplicidade mas que é também ele miragem, nunca alcançamos os extremos. A eco-nomia dá o regramento do lar, do ambiente, que ao fim e ao cabo se espalha em um eco amplo de relações. Onde termina o eco de que faço parte? Onde começa o meteoro superior? Mas também embaixo a eco-logia descobre o inapreensível, imensa gaia geocêntrica que nos engloba, por debaixo. E então o regramento da nomia se torna uma pergunta. Qual a lei, o bom conduzir, sem controlar a lógica por completo? Apenas o incompleto, insuficientes vias que desenharíamos para bem mover o mundo. E na nomia do eco encontramos o bom trabalho, com seus princípios esboçados do que é justo, do que é certo: a ergo-nomia é bem isso, o regramento do bom usar o corpo, o esforço. E na gastro-nomia seria a boa ciência médica que nos conduz à saúde, ou pelo menos às delícias: as regras de misturar o alimento, tratá-lo, servi-lo. Por fim, a astro-nomia descobria uma ordem maior do que os meteoros moventes no céu, e aprendíamos nela boas leis - que nos inspirassem como regrar nosso eco no bom rumo de sua lógica.
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