domingo, 20 de outubro de 2024

De certa forma, entendo um segundo filho como uma repartição de poderes. Freios e contrapesos que garantem, estruturalmente, contra mimar o primogênito, superando qualquer estratégia voluntarista sobre filho único. Na dúvida e no desconhecimento ante o desafio que assoma - a boa condução destes prêmios e inibições, a educação, o tempo - jogamos uma carta radical: duplicados os alvos, desconcentrados os fantasmas, cria-se plural, impessoalizam-se rotinas, dispersam-se atenções excessivas. É que elas se tornam impossíveis. A solução pela estrutura, um recurso que sempre invoco, pensando, demiurgo, que é preciso modificar o mundo, modificar as condições do problema, mais do que insistir num enfrentamento desvantajoso.

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