HIPNOTICAMENTE o envelope se entreabria. A fresta negra rompendo-se em duas faces, onde antes era a linha. E de dentro desses lábios, qual uma língua mas de luz, desvelou-se o conteúdo. Agora, o envelope, antes plano, ganha volume. E suas dobras triangulares, como clavículas instalam o barco. O envelope flutua nas águas, aberto, oco. O encerado do papel-cartão, impermeável, guarda um interior quente, o ar parado e o segredo. O que havia no envelope? Por detrás de seu véu?