O Rei está nu!
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Tenho estado muito maluco. Procuro brechas para falar do Rei Sol que foi decapitado, a cabeça real guilhotinada junto ao capeta o capitão a capital cortada fora num corpo agora massa acéfala : capitalismo
A aLiança eLo Laço (...capitaLIs..) de uma correnteza metálica, os anéis de minério fundido pactuados de mão em mão desde a aurora da idade dos metais, as correias de aço trançadas entre tudo e que pesam como camisas-de-fôrça, grades de correntes (somos Jonas engolido pela baleia de aço, pequenos lobos encolhidos na barriga do Leviatã da Idade do Ferro)
O Rei está nu! o real corpo da razão que rege os raios, arraial da Luz da correção às lâminas. Cortado, decepado. Agora o Sol dos raios sai a viver proibido, longe da carne corpo, e entre os ombros temos apenas as razões raízes do vazamento. O corpo enxertado na abundância da terra, mas pelo pacto capital, anêmico, exangüe. O rei está nu e decapitado, régio corpo vazando um cano de sangue. Na boca do nosso Leviatã marinho.
Desejo do cobertor sobre o corpo, do engolimento: não ter a nudez, enxertar a cabeça num lençol de pêlos assexuados; vestir-se, estar já o corpo coberto pelas casas erguidas, por proibidos, barreiras e suas violações. A cabeça quer ir viver sem o corpo nu.
Vemos os fantasmas dela viva sem ele, de corpos só corpos, cuja cabeça é negada, e as cabeças desincorporadas imperando sobre os corpos acéfalos. Capetalismo de capitães, de capitólios e capitais, da cabeça régia iluminada sem o corpo, e do corpo acéfalo vazando sangue pelo pescoço.
Tenho estado muito maluco. Procuro brechas para falar do Rei Sol que foi decapitado, a cabeça real guilhotinada junto ao capeta o capitão a capital cortada fora num corpo agora massa acéfala : capitalismo
A aLiança eLo Laço (...capitaLIs..) de uma correnteza metálica, os anéis de minério fundido pactuados de mão em mão desde a aurora da idade dos metais, as correias de aço trançadas entre tudo e que pesam como camisas-de-fôrça, grades de correntes (somos Jonas engolido pela baleia de aço, pequenos lobos encolhidos na barriga do Leviatã da Idade do Ferro)
O Rei está nu! o real corpo da razão que rege os raios, arraial da Luz da correção às lâminas. Cortado, decepado. Agora o Sol dos raios sai a viver proibido, longe da carne corpo, e entre os ombros temos apenas as razões raízes do vazamento. O corpo enxertado na abundância da terra, mas pelo pacto capital, anêmico, exangüe. O rei está nu e decapitado, régio corpo vazando um cano de sangue. Na boca do nosso Leviatã marinho.
Desejo do cobertor sobre o corpo, do engolimento: não ter a nudez, enxertar a cabeça num lençol de pêlos assexuados; vestir-se, estar já o corpo coberto pelas casas erguidas, por proibidos, barreiras e suas violações. A cabeça quer ir viver sem o corpo nu.
Vemos os fantasmas dela viva sem ele, de corpos só corpos, cuja cabeça é negada, e as cabeças desincorporadas imperando sobre os corpos acéfalos. Capetalismo de capitães, de capitólios e capitais, da cabeça régia iluminada sem o corpo, e do corpo acéfalo vazando sangue pelo pescoço.
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minha bandeira é esta: Éden e Regresso! Vamos recriar a nudez se aprofundando num paraíso anterior ao deus expulsor.
Mergulhar nas partes baixas por inteiro, absorção do ventre no centauro inferior.
Outro dia andei pela rua nu, num evento permitido. Andava tão vivo, presente, o corpo mais aguçado, a postura mais inteira; e colocar as roupas foi um fardo, pelo seu pêso e por onde puxam, nos moldam
Queria falar do corpo aranha, dos pés como pés de macaco que agarram as coisas e do umbigo têso centro dos quatro membros em arco. Um corpo só de carne músculo fibra feito um polvo com tentáculos e ventosas mas esticado por um esqueleto dos ramos de que as formigas são feitas, formiga dentro de polvo carnoso, quatro membros mãos de macaco se cruzando num umbigo, músculos segurando o saco de vísceras roxas, o Umbigo-Boca e as teias e a cabeça, dos olhos-brilhos, da língua, da música.
minha bandeira é esta: Éden e Regresso! Vamos recriar a nudez se aprofundando num paraíso anterior ao deus expulsor.
Mergulhar nas partes baixas por inteiro, absorção do ventre no centauro inferior.
Outro dia andei pela rua nu, num evento permitido. Andava tão vivo, presente, o corpo mais aguçado, a postura mais inteira; e colocar as roupas foi um fardo, pelo seu pêso e por onde puxam, nos moldam
Queria falar do corpo aranha, dos pés como pés de macaco que agarram as coisas e do umbigo têso centro dos quatro membros em arco. Um corpo só de carne músculo fibra feito um polvo com tentáculos e ventosas mas esticado por um esqueleto dos ramos de que as formigas são feitas, formiga dentro de polvo carnoso, quatro membros mãos de macaco se cruzando num umbigo, músculos segurando o saco de vísceras roxas, o Umbigo-Boca e as teias e a cabeça, dos olhos-brilhos, da língua, da música.
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Não queremos cortar cabeças, queremos reenraizar cabeças cortadas. A cabeça, decapitação dos olhos luz das músicas e da língua. Estamos cercados pela cabeça decapitada, e o corpo lobo mordendo o próprio rabo, preso no espelho-espelho da língua luz.
O texto (textura da teia, tessitura da baba) é um alinhamento de códigos repetidos que forma a senha correta para abrir o cadeado de espelhos que nos aprisiona. Toda fala é um jorro de luz em um objeto real sendo refletido e refletido e refletido até sair pela boca de um ser real, por isso não podemos nos perder nos espelhos
Vamos atravessá-los em reencontro ao culto de um Sol abundante, sol de primavera quando o céu superior cola em fecundação generosa com a baixa gaia através de Fauna e Flora, culto a ninfas e faunos da fertilidade que nos tomam em transação entre o aqui e o divino
O Sol enxertado na terra, a cabeça brilhando viva no corpo. Sol da ebulição de vida em abundância de pólen e flor para nascer mel, leite e mel brotando das fontes e borbulhando por toda parte: sopa da abundância, da fertilidade universal, o rio de leite e mel que jorra antes das represas acumuladoras de luz (seus cortes, classes, côrtes decapitadas, nossos reis sem cabeça, é nesse mundo que vivemos. São reis decapitados que imperam)
Não queremos cortar cabeças, queremos reenraizar cabeças cortadas. A cabeça, decapitação dos olhos luz das músicas e da língua. Estamos cercados pela cabeça decapitada, e o corpo lobo mordendo o próprio rabo, preso no espelho-espelho da língua luz.
O texto (textura da teia, tessitura da baba) é um alinhamento de códigos repetidos que forma a senha correta para abrir o cadeado de espelhos que nos aprisiona. Toda fala é um jorro de luz em um objeto real sendo refletido e refletido e refletido até sair pela boca de um ser real, por isso não podemos nos perder nos espelhos
Vamos atravessá-los em reencontro ao culto de um Sol abundante, sol de primavera quando o céu superior cola em fecundação generosa com a baixa gaia através de Fauna e Flora, culto a ninfas e faunos da fertilidade que nos tomam em transação entre o aqui e o divino
O Sol enxertado na terra, a cabeça brilhando viva no corpo. Sol da ebulição de vida em abundância de pólen e flor para nascer mel, leite e mel brotando das fontes e borbulhando por toda parte: sopa da abundância, da fertilidade universal, o rio de leite e mel que jorra antes das represas acumuladoras de luz (seus cortes, classes, côrtes decapitadas, nossos reis sem cabeça, é nesse mundo que vivemos. São reis decapitados que imperam)
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André Albatroz Aranha às 5as de thor e zeus
André Albatroz Aranha às 5as de thor e zeus
